quinta-feira, abril 26, 2007

Saiu na mídia - O Popular

Samuel é denunciado por Procuradoria

Cecília Aires

O procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon, denunciou ontem no Tribunal de Justiça o ex-presidente da Assembléia Legislativa Samuel Almeida (PSDB), por peculato e formação de quadrilha. A denúncia foi baseada em inquérito da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Derccap), que apurou o desvio de R$ 500 mil por meio de apropriação de salários de funcionários fantasmas, nomeados para cargos comissionados na gestão de Samuel (2005-2006).

Também foram denunciados pelo procurador dois irmãos do deputado, o pastor Abgail Carlos de Almeida Filho e Loyde Vargas Vieira; um sobrinho, Wendell Carlos de Souza Almeida; e o motorista Alcidiney Costa Rocha. O relator do processo no tribunal deve ser escolhido hoje – por ser deputado, o tucano tem foro privilegiado.

Samuel é acusado de contratar, em 2005, o irmão Abigail e outros assessores – Sérgio de Jesus Rodrigues, Rachel do Carmo Silva, Jônatas de Souza Reis, Cristina Lima de Moura Reis, Eline Lima de Queiroz, Evandro Ferreira de Mores, Delsina Atilia da Silva, José da Paixão Sousa e Silva, Marcelo Pereira Reis, Cleber de Paula Lopes e Jessé de Sousa Reis. Segundo a denúncia, seis deles não compareciam ao trabalho na Assembléia e entregavam os salários, no dia do recebimento, ao motorista Alcidiney. O motorista teria repassado os valores a Abigail e Wendell.

No inquérito consta que os repasses foram entregues a Abigail e Wendell de várias formas: em mãos, com a entrega de seus cartões bancários ou como doações para a igreja Assembléia de Deus, do Balneário Meia Ponte, onde os dois acusados eram pastores. Loyde Vargas Vieira é apontada como uma das responsáveis pelo aliciamento de pessoas para o esquema de desvio de dinheiro.

Samuel Almeida não foi visto ontem em plenário. Sua assessoria disse que ele não foi comunicado oficialmente da denúncia e que solicitou ao Ministério Público mais informações para repassar a seu advogado, Felicíssimo Senna. Só depois de avaliar a situação com o defensor, Samuel deve se pronunciar. “Talvez ele nem fale. É provável que o advogado dê alguma declaração”, comentou um assessor.

Fonte: Jornal O Popular

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