quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Saiu na mídia - O Popular

Falta de clareza

O novo presidente da Assembléia Legislativa de Goiás assinou dois decretos, por meio de um exonerando servidores comissionados, por outro suspendendo contratos e licitações. As medidas poderiam até estar sendo saudadas pela sociedade como saneadoras, mas há muitos pontos obscuros impedindo que se possa avaliar corretamente o alcance delas.

A opinião pública precisaria ser esclarecida sobre dúvidas como, por exemplo, se a intenção da nova mesa diretora de promover novas contratações, até o dia 22, não acabará anulando o efeito do decreto que exonerou os comissionados. Paira dúvida também sobre se a demissão de comissionados vem a ser de fato a solução de um problema: a economia que se fará será significativa ou em pouco aliviará o peso da folha de pagamento do pessoal?

Outra questão diz respeito aos aprovados em concurso público promovido pela Assembléia Legislativa que esperam pela nomeação. No mínimo, eles merecem uma explicação que justifique o motivo pelo qual está descartada a nomeação deles ou que esclareça que não se descartou tal idéia.

Não se informou claramente nem sequer o número de comissionados demitidos, pois é grande a diferença entre o que disseram ex-diretores da instituição, segundo os quais 160 servidores, e o número mencionado por muitos parlamentares, segundo os quais o número pode chegar a 600.

Essas dúvidas e imprecisões não podem persistir. Mais do que nunca,a transparência tem de ser buscada, custe o que custar, se a nova mesa diretora da Assembléia deseja mesmo promover mudanças saneadoras e renovar a filosofia administrativa da instituição.

Fonte: O Popular

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