quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Saiu na mídia - Aprovados querem medidas efetivas

Concursado cobra contratação

Selecionados realizaram sexto protesto em menos de 50 dias para pedir emprego. Promotor vai propor acordo

Aprovados em concurso fazem manifestação na Assembléia

Marly Paiva

Os 122 aprovados no concurso da Assembléia Legislativa fizeram ontem a sexta manifestação pública em menos de 50 dias, em defesa das contratações. Porém, eles continuam sem uma resposta objetiva sobre a data em que a Casa começa a absorver os selecionados. Eles se concentraram na porta da Assembléia e mantiveram plantão, à espera do fim de um encontro dos promotores de justiça Fernando Krebs e Umberto Machado com o presidente do Legislativo, o deputado Jardel Sebba, no gabinete da presidência. A conversa se estendeu por pelo menos uma hora e meia, mas, ao final, eram anunciadas apenas novas reuniões.

Ontem mesmo, já à tarde, Umberto Machado se reuniu com representantes dos concursados e do Sindicato dos Servidores do Legislativo, para informá-los sobre o resultado da reunião e para discutir proposta a ser encaminhada por ofício ao presidente da Assembléia na próxima sexta-feira. Ele vai defender a contratação de metade do pessoal em março e o restante em maio. Jardel Sebba deve discutir o assunto na próxima terça-feira com os líderes das bancadas

Ele argumenta que precisa ouvi-los antes de tomar uma decisão. Sem ter como ignorar que a administração anterior gerou expectativas ao realizar o concurso e homologar o resultado no dia 28 de junho passado, o presidente alega que, por dificuldades financeiras, o Legislativo estadual só poderá fazer as nomeações aos poucos.

O primeiro protesto foi no dia 10 de janeiro, depois de esgotado prazo (no fim de dezembro) que o presidente anterior, Samuel Almeida, havia acertado com os selecionados para o começo das admissões. Dificuldade de ajuste das contas para cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal teria impedido o cumprimento da promessa. Era preciso esperar o início do ano, começo de um novo exercício financeiro, conta um dos aprovados.

Como a primeira manifestação não provocou o resultado esperado, ao fim de janeiro os selecionados voltaram às ruas. Distribuíram folhetos, anunciando manifestação que, de fato, fizeram em 1º de fevereiro, dia da eleição e posse do novo presidente da Casa.

Aprovados querem medidas efetivas

Depois de oito meses na expectativa do emprego, os aprovados no concurso querem medidas efetivas. Na mesma semana, eles voltaram a protestar contra a demora. Um deles, Wagner Caixeta, argumenta que a Assembléia Legislativa continua a manter cerca de 230 comissionados e tem, entre os cerca de 420 efetivos, vários funcionários alcançando a idade de aposentadoria, números citados também pelo promotor Umberto Machado.

Outro argumento do promotor é que o concurso aprovou pessoal qualificado deu a esses trabalhadores a expectativa do emprego. Além disso, “o impacto financeiro das contratações é de R$ 230 mil, ou 2,7% da folha da Casa, de aproximadamente R$ 8,5 milhões”, completa.

Fonte: O Popular e Goiasnet

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