quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Saiu na mídia - Concursados exigem nomeações

Aprovados do último concurso público da Câmara de Goiânia agitaram ontem pela manhã o plenário da Casa, reivindicando a nomeação dos 130 classificados no certame realizado em novembro do ano passado. Faixas de protesto que correlacionavam a nomeação de aprovados com a moralidade do serviço público foram espalhadas por todo o recinto. Segundo eles, o número de servidores comissionados no Estado e no município está acima do estabelecido por lei. A manifestação contou com o apoio dos 122 aprovados no concurso da Assembléia Legislativa, que aguardam nomeação há oito meses.

Classificado para o cargo de assessor técnico legislativo da Câmara, Leonardo Barreto da Silveira comentou que os manifestantes não haviam conseguido nenhum tipo de contato com o presidente da Casa, vereador Deivison Costa (sem partido). Leonardo informou ainda que ontem teve início um movimento contínuo e conjunto dos aprovados para a Câmara e Assembléia em prol das nomeações dos concursados nas duas Casas. “Só queremos o direito de trabalhar. Exigimos a formulação de um cronograma de nomeações para as duas instituições”, revelou. Atualmente, segundo os aprovados, existem 700 servidores comissionados na Câmara e 160 efetivos.

Na Assembléia, os manifestos já vêm acontecendo há algum tempo. O ex-presidente Samuel Almeida homologou o concurso no fim de junho de 2006 e chegou a divulgar um cronograma de nomeações, que seriam feitas até dezembro do ano passado, mas ninguém foi nomeado. De acordo com os aprovados no concurso, seriam em torno de mil pessoas preenchendo cargos em comissão na Casa, e 300 efetivos. Eles alegam que, conforme o regimento interno, em ambos os casos deveria haver 700 servidores nomeados.

Aprovado para o cargo de assessor técnico legislativo da Assembléia, Délio Luís Galvão Moreira lembrou que a abertura de concurso público pressupõe a necessidade de contratações e que não há justificativa para que não ocorram, pois a população clama pela moralização no serviço público. “No caso da Assembléia, as nomeações representariam um impacto de apenas 3% na folha de pagamento”, argumenta. “A relutância em nomear os aprovados nas duas Casas mostra que o poder público goiano parece pouco preocupado com a moralidade de seu serviço público. Não aceitamos a presença de tantos comissionados, principalmente na área administrativa”, disseram os dois representantes.

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ASSEMBLÉIA

O presidente da Assembléia Legislativa, Jardel Sebba, esteve reunido em seu gabinete com dois promotores de Defesa do Patrimônio Público, Fernando Krebs e Umberto Machado. Segundo a assessoria de Jardel, outras reuniões entre os representantes da entidade serão necessárias para definir a situação dos aprovados. (L.A.F.)

Entrevista Jardel Sebba

Venceslau Pimentel

O presidente da Assembléia Legislativa, Jardel Sebba (PSDB), disse ontem que convocou uma reunião para o dia 6 de março, da Mesa Diretora e do colegiado de líderes, para discutir com o Ministério Público a questão dos 126 concursados. Jardel fala ainda sobre as mudanças do Regimento Interno que estão sendo estudadas por uma comissão de nove deputados de partidos diferentes. Ontem à tarde, um grupo de concursados fez uma manifestação na Assembléia, reivindicando a nomeação dos aprovados.

HOJE – Como vem sendo analisada a questão dos concursados?

Jardel Sebba – O presidente agora sou eu e tenho que arcar agora com esse problema. Convoquei para terça-feira que vem, dia 6 de março, uma reunião da Mesa Diretora e o colegiado de líderes, para discutirmos com o Ministério Público a questão dos concursados. O Ministério Público quer que eles sejam nomeados, e esta presidência (Jardel) disse que quer contratá-los, agora tem que ver como, quando e de que forma nós iremos contratá-los. Tudo é questão de negociação, de bom senso e de responsabilidade.

Fonte e matéria completa: Hoje Notícia (reportagem e entrevista)

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