sexta-feira, janeiro 26, 2007

Saiu na mídia

Concursados voltam a protestar pela convocação Brenno Sarques

Candidatos aprovados no concurso da Assembléia Legislativa protestaram ontem em frente à instituição contra a ameaça de não serem chamados para assumir os cargos, principalmente depois que os candidatos à presidência da Assembléia Jardel Sebba e Flávia Moraes (ambos PSDB) afirmaram que vão rever a possibilidade de contratação dos aprovados.

Da Assembléia, os manifestantes se dividiram em três grupos para panfletar nas praças Tamandaré, do Cruzeiro e do Chafariz. Os 122 aprovados se movimentam em nome de todos os concursados do Estado. “Não é só aqui na Assembléia. Na Aganp foi assim e na Câmara também está difícil para quem passou no concurso ser chamado”, informa Paulo Roberto Figueiredo, um dos coordenadores do movimento.

Os aprovados exigem a moralização dos concursos públicos estaduais, alegando que todos passam por problemas nas convocações. “Os concursos agora têm duas fases: a prova e o protesto. Em breve isso vai constar no edital”, brinca o líder Edison Sampaio, reclamando que não vale a pena estudar para prestar concursos em Goiás. Outra aprovada, identificada apenas como Karina, diz que o presidente da Casa, Samuel Almeida, assinou um compromisso com o Ministério Público em que chamaria os aprovados a assumirem seus cargos e demitiria comissionados.

Manifestantes informam que a Assembléia deveria abrigar 700 efetivos e 700 comissionados. Contudo, hoje existem pouco mais de 300 efetivos, enquanto os comissionados somam mais de mil. Somente este ano deverão se aposentar entre 100 e 150 efetivos. “Há um vácuo de servidores de carreira na Assembléia”, frisa Karina.

O líder da bancada petista na Assembléia, deputado Mauro Rubem, é favorável à convocação dos aprovados, e diz que o partido tem cobrado isso dos candidatos à presidência. “Agora não adianta candidato falar que vai contratar”, diz, ao ressaltar que, neste momento, tais afirmações seriam eleitoreiras. A preocupação do deputado é quanto às prerrogativas do Legislativo que não são cumpridas corretamente devido à falta de pessoal. “Não há estrutura de fiscalização. É vital haver servidores efetivos para isso; o TCM apenas nos auxilia, mas não resolve sozinho”, critica.

PROPOSTA

O deputado Mauro Rubem tomou uma atitude que, apesar de não resolver o problema dos concursados, pode amenizá-lo. “Vou contratar um aprovado da procuradoria, que está na reserva técnica, para trabalhar em meu gabinete”, promete.

O líder petista vai fazer uma seleção entre os melhores colocados do quadro de reserva para decidir qual tem o perfil ideal. Todavia, esse aprovado no concurso será contratado como comissionado, visto que não há como chamar um concursado para o cargo que o deputado enseja.

O concurso da Assembléia teve 30.111 inscritos para 122 vagas e arrecadou R$ 3 milhões. Até agora, nenhum aprovado foi nomeado.

Fonte: Hoje Notícia

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